sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Mistério





Viajando de ônibus, observa-se a paisagem às margens da estrada. Sempre atentei bem para isso. Lugares desertos, cercas, mato, povoados, gente, bichos. Dizia comigo mesmo de ali haver vida, uma vida vivida por outros que eu só via de longe, da janela do ônibus, vida que passava por mim e eu por ela. O ônibus seguia, e eu calado, de olhos abertos, com certo espanto, sem tocar aquela vida com mãos e pés de carne e osso. Nisso vi um mistério. E nunca pude mais que imaginar.

Como seriam ali os dias e noites? Que rotina haveria? Ora, não seria necessário um conhecimento especial para responder a estas perguntas, já que se tratava praticamente de um extensão do ambiente em que eu mesmo vivia, no mesmo estado e até no mesmo município ou num "igual" município vizinho. Mas, ainda assim, eu sentia algo diferente pelo diferente, mesmo que nem tão diferente assim.

A Infância Perdida





Para onde foram as crianças que brincavam nas ruas, nas praças e em terrenos baldios? Não mais existem. Ou, dizendo mais claramente, tais hábitos desapareceram. As infâncias que vieram depois da infância da minha geração acontecem por outros caminhos. Mesmo em cidades do interior, elas são outras bem diferentes daquelas de outrora.

No passado, não tínhamos os games, ao menos, não tanto. Nem havia internet e, muito menos ainda, o grau de violência e perigo que, hoje, as cidades comportam. Havia, então, mais possibilidades de ter crianças brincando por aí, andando pela cidade, uma cidade de pouco trânsito, de lentidão, de horas demoradas, de espaços saudavelmente vazios. Não havia, pois, todo esse clima de cisma, pressa, perigo e medo que hoje há.

O Sapo




Entre um pequeno espaço onde ficam as plantas, na frente da casa, e a calçada vive um sapo do tipo cururu. Este é o seu universo. Só, move-se, cuidadosamente, evitando humanos, escapando aos cães da rua, permanecendo longe dos automóveis, pegando insetos e aproveitando a água que cai dos vasos.

Na madrugada, sorrateiro e sábio, sobe a calçada e arrasta-se para dentro do recipiente onde colocamos água para os gatos. É onde, suponho, encontra um pedaço de paraíso. Pela manhã, entretanto, é "expulso", tendo nós que lavar o recipiente e enchê-lo novamente com água limpa.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

A Floresta Amazônica está em perigo


Uma Postagem dos Militantes Verdes Europeus, no Facebook






As taxas de desmatamento estão disparando no Brasil sob o atual presidente Bolsonaro. Os meios de subsistência dos povos indígenas estão sendo destruídos, sua terra invadida.

Isto não é apenas alimentado pelas políticas devastadoras de Bolsonaro, mas a UE também precisa assumir a responsabilidade pelo que está a acontecer.

Os nossos eurodeputados Anna Cavazzini, Claude Gruffat e Michele Rivasi viajaram para o Brasil este verão para apelar à ação da UE.




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O Caderno Livre
é um blog em estilo pessoal, informal, leve, sem maiores pretensões. Algo à maneira dos bloguinhos antigos, os do início desta aventura de blogar. Webston Moura, seu administrador, é brasileiro do estado do Ceará, natural de Morada Nova, mas mora em Russas, no Vale do Jaguaribe.
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Os 88 Anos de João do Vale




O Doodle do Google homenageia, hoje, o João do Vale, pelos seus 88 anos de idade. João, nordestino do Maranhão, nasceu em Pedreiras, aos 11 de outubro de 1934, e faleceu em São Luís, aos 6 de dezembro de 1996.


[Canal do vídeo: Mara Ferreira]



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O Vento nas Folhas das Carnaubeiras




Das árvores que representam o nordeste brasileiro, cito a carnaubeira (Copernicia prunifera), também chamada popularmente de carnaúba. É uma palmeira da família Arecaceae. Seu fruto, que se chama carnaúba, não é comercial, tampouco muito utilizado. Porém, lembro-me de quando o comia, na infância. Muito caroço, pouca polpa, mas quantidade suficiente para a degustação, se maduro, claro. Diria gostoso, embora deixe fibras enganchadas entre os dentes.

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