Gosto de ficar só. Mas, obviamente, nem sempre foi assim. Já me apavorei com solidão, especialmente quando jovem. É que o jovem é mais gregário, mais da turma, mais de estar por aí pelo mundo, reunido em bando. E, para tanto, abrir contatos, conhecer novas pessoas e por aí vai. Ou seja, o jovem segue um rumo diferente do rumo da solidão. Mas, de uns tempos pra cá, eu que não sou mais jovem, gosto muito de ficar só. Gosto de ficar no meu silêncio, sentindo-me longe de tudo, como quem viaja de trem por uma paisagem bonita, dia de sol, à janela, olhando, navegando, deixando-se estar, sem pressa e sem desejo, calado.
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
quinta-feira, 10 de novembro de 2022
O impacto das revistas e conferências predatórias
![]() |
Wikimedia Commons |
|Cientometria, Ética - 22 abr 2022|
A InterAcademy Partnership (IAP), rede que congrega mais de uma centena de academias de ciências, engenharia e medicina do mundo, lançou no mês passado o relatório “Combatendo periódicos e conferências acadêmicas predatórias”, fruto de dois anos de trabalho de um painel de pesquisadores de países como Itália, Malásia, Uruguai, Egito e Benin. Uma das principais contribuições do documento é mostrar que existe um gradiente de comportamentos negligentes e fraudulentos em periódicos e conferências, que devem servir como sinais de alerta para pesquisadores.
segunda-feira, 7 de novembro de 2022
O método de mentir para privar o outro do mundo real
por: Sônia T. Felipe
Todos nós usamos um aparelho celular. No princípio, nos idos dos anos 1980, o "tijolo" era usado apenas para falar com os amigos, os familiares e, vez por outra, com colegas e chefes do trabalho. Por vezes, ele nos salvava de ameaças, chamando os números dos socorristas e resgatistas. Eram tempos mais tranquilos, embora já houvesse telefonemas que envenenavam, tipo os repletos de fofocas e disse-me-disse. Ali tínhamos uma réplica do costume mais antigo dos humanos com o neo-córtex pré-frontal hipertrofiado: falar do outro algo que o reveste com roupagens que não são do figurino dele, para que ele apareça aos olhos daquele que ouve a ficção como personagem outro, um camaleão, não como o que de fato a pessoa é. Trocando as palavras: desenhar o outro como um camaleão para melhor manipular quem nos ouve a falar dele. Isto mesmo: mentir sempre está associado ao desejo de manipular. Todo mundo pensa que somente o objeto alvo da mentira é prejudicado. De fato, prejudicamos a estrutura moral e emocional de quem ouve nossas mentiras ou as mentiras pregadas por outros. Do mesmo modo, estão nos prejudicando moral e emocionalmente ao despejarem fake news. O assédio aprisiona a mente da vítima dele à mente do manipulador.
Com a criação das redes sociais, nosso celular nos dá acesso infinito a zilhões de mundos criados por bilhões de humanos. Um avanço tecnológico? Com certeza. Mas a tecnologia avançada não veio em ritmo capaz de nos deixar ser educados para saber que aqueles zilhões de mundos, criados por bilhões de outras mentes, não são o nosso mundo real, são os mundos deles. Quando nossa mente está mergulhada no mundo de outras mentes, nós estamos alienados. Ali começam os distúrbios, porque os fios que nos ligam a nós mesmas foram cortados.
domingo, 6 de novembro de 2022
São João Paulo Sobre a Teologia da Libertação
Da página Katholikos, no Facebook, transcrevo este post cujo assunto considero muito interessante e pertinente, dado que somos de um país de maioria cristã, e a teologia em questão, a da Libertação, ser um tema geralmente polêmico, ao menos para seus opositores.
.............................
"Carta no qual São João Paulo classifica a TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, hoje teologia da América Latina como OPORTUNA, ÚTIL e NECESSÁRIA.
'Estamos convencidos, nós e os senhores, de que a teologia da libertação é não só oportuna mas útil e necessária'.
São João Paulo II, carta aos Bispos do Brasil. (Vaticano - 09/04/1986)".

Créditos: Fernanda Amiga.
Fonte: Katholikos Brasil
_________________________
O Caderno Livre é um blog em estilo pessoal, informal, leve, sem maiores pretensões. Algo à maneira dos bloguinhos antigos, os do início desta aventura de blogar. Webston Moura, seu administrador, é brasileiro do estado do Ceará, natural de Morada Nova, mas mora em Russas, no Vale do Jaguaribe. É Tecnólogo de Frutos Tropicais e poeta.
_____________________________________________________
sábado, 5 de novembro de 2022
Abraço UniUbi: um abraço Universal pela memória e legado intelectual de Ubiratan D’Ambrosio
Abraço UniUbi: um abraço Universal pela memória e legado intelectual de Ubiratan D’Ambrosio
Nós, abaixo assinados, apoiamos o Dia Internacional da Etnomatemática em 08 de dezembro
--------------------------------------------------------------------
UniUbi Hug: A Universal Hug for the memory and intellectual legacy of Ubiratan D'Ambrosio
We, the undersigned, support the International Day of Ethnomathematics on December 8th.
----------------------------------------------------------------------
Abrazo UniUbi: Un Abrazo Universal por la memoria y legado intelectual de Ubiratan D'Ambrosio
--------------------------------------------------------------------
UniUbi Hug: A Universal Hug for the memory and intellectual legacy of Ubiratan D'Ambrosio
We, the undersigned, support the International Day of Ethnomathematics on December 8th.
----------------------------------------------------------------------
Abrazo UniUbi: Un Abrazo Universal por la memoria y legado intelectual de Ubiratan D'Ambrosio
Nosotros, los abajo firmantes, apoyamos el Día Internacional de las Etnomatemáticas el 8 de diciembre.
Link para a campanha: https://www.change.org/p/dia-da-etnomatem%C3%A1tica-day-of-ethnomathematics-d%C3%ADa-de-las-etnomatem%C3%A1ticas
_________________________
O Caderno Livre é um blog em estilo pessoal, informal, leve, sem maiores pretensões. Algo à maneira dos bloguinhos antigos, os do início desta aventura de blogar. Webston Moura, seu administrador, é brasileiro do estado do Ceará, natural de Morada Nova, mas mora em Russas, no Vale do Jaguaribe. É Tecnólogo de Frutos Tropicais e poeta.
_____________________________________________________
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
Um Galho, Uma Nuvem e O Nosso Olhar
Uma imagem, sua multiplicação rápida, muitos olhares sobre ela, elogios (ou desdém) e, em seguida, o esquecimento. Assim tem sido com o que (não) degustamos nestes tempos de velocidade, de instantaneidade, de miríades de informação e discussões mil. Entretanto, não estou aqui para cair no lugar-comum que é falar mal da internet. Vejo a rede global como possibilidade e, como tudo que é impactante, impossível de também gerar mudanças, digamos, perturbadoras.
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
Laura Bassi, Uma Inspiração
Laura Maria Caterina Bassi ou simplesmente Laura Bassi. Física italiana nascida aos 31 de outubro de 1711, em Bolonha. Cientista e primeira mulher a ensinar oficialmente em uma universidade na Europa. Também foi a segunda mulher a se formar em universidade europeia, sendo a primeira Elena Cornaro Piscopia (Filosofia), cinquenta quatro anos antes.
Mais informações em: "Laura Bassi, la Minerva italiana del siglo XVIII" - https://elpais.com/sociedad/2021-04-17/laura-bassi-la-minerva-italiana-del-siglo-xviii.html
_________________________
O Caderno Livre é um blog em estilo pessoal, informal, leve, sem maiores pretensões. Algo à maneira dos bloguinhos antigos, os do início desta aventura de blogar. Webston Moura, seu administrador, é brasileiro do estado do Ceará, natural de Morada Nova, mas mora em Russas, no Vale do Jaguaribe. É Tecnólogo de Frutos Tropicais e poeta.
_____________________________________________________
sexta-feira, 21 de outubro de 2022
Mistério
Viajando de ônibus, observa-se a paisagem às margens da estrada. Sempre atentei bem para isso. Lugares desertos, cercas, mato, povoados, gente, bichos. Dizia comigo mesmo de ali haver vida, uma vida vivida por outros que eu só via de longe, da janela do ônibus, vida que passava por mim e eu por ela. O ônibus seguia, e eu calado, de olhos abertos, com certo espanto, sem tocar aquela vida com mãos e pés de carne e osso. Nisso vi um mistério. E nunca pude mais que imaginar.
Como seriam ali os dias e noites? Que rotina haveria? Ora, não seria necessário um conhecimento especial para responder a estas perguntas, já que se tratava praticamente de um extensão do ambiente em que eu mesmo vivia, no mesmo estado e até no mesmo município ou num "igual" município vizinho. Mas, ainda assim, eu sentia algo diferente pelo diferente, mesmo que nem tão diferente assim.
Assinar:
Postagens (Atom)